quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Matemática do amor


A um tempo atrás conheci um garoto, lembrei-me daquele dia nesse exato momento. Ele sabia tudo de chocolate, comprei um sabor cereja e me apaixonei. Por ele, pelo chocolate, sei lá. Só sei que foi amor antes de ser. Foi tudo tão estranho, mas ao mesmo tempo tão natural… Como se já nos conhecêssemos, como se já nos entendêssemos mesmo sendo completos estranhos. E naquele momento em que desejei tê-lo, o tive. Ele foi ficando sabe? Como quem não quer nada, me beijando sempre com um sabor diferente, descobrindo coisas em mim que eu nem sabia que existiam e eu senti o que era ser amada de verdade. Descobri também o que é amar. Acredita que eu nunca tinha amado antes? Pois é, dessa vez eu encontrei um amor pra ficar, pra chorar, pra brigar e pedir desculpas no segundo anterior, encontrei um amor pra somar emoções, pra dividir os sonhos, multiplicar as alegrias e diminuir imensamente as tristezas. E nessa equação matemática tão complexa onde o x da questão só iremos saber lá na frente, eu vou prestando atenção nos jogos de sinais, vou atenta pra não errar, não tendo vergonha também de dizer que errei e usar a borracha pra apagar e recomeçar. E mesmo tendo certeza do resultado final, não tendo medo quando dizem que eu ainda preciso tirar a prova real, porque eu sei que esse amor é forte, porque eu acredito no amor e o mais importante, acredito no nosso amor. 

Bianca Bigogno

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Desabafo

Talvez você nem leia, não é do seu costume passear por aqui. Talvez deixe meu desabafo só por um tempo e nem dará tempo de você ver, mas mesmo assim eu escrevo. Escrevo porque me sinto sozinha quando você não está, porque quando isso acontece ninguém mais está comigo. Não afastei ninguém por sua causa, mas quando estamos num relacionamento parece que as pessoas começam a esquecer que você ainda existe.Cometo bobagens mas é que as vezes não sei bem como é isso de acertar, e aí você afasta um pouco, me deixa sozinha, então eu fico sozinha de verdade. Porque quando você não está aqui, ninguém mais está. E nessa hora eu fico remoendo as besteiras que eu sempre faço e não há palavras pra descrever o que eu sinto. Mas não há problema, eu sempre fico bem.

terça-feira, 22 de maio de 2012


Hoje eu vim falar do meu amor: Desse amor louco e imenso que só de pensar dá aquela vontade enorme de sair cantando, sorrindo e espalhando felicidade por aí. Nunca esperei o príncipe encantado, mas meio que de repente apareceu um cara disposto a me encantar. Olho pra ele com aquele olhar de câmera filmadora sabe? Querendo captar todos os movimentos, sorrisos e manias a fim de deixar tudo gravadinho na minha cabeça pra que nos momentos de saudade eu possa pegar tudo isso e sair rebobinando e me deliciar vendo cada pedacinho dele e depois revendo e percebendo qualquer outro detalhe que possa parecer insignificante mas que pra mim tem toda uma importância, como a sua cicatriz no canto esquerdo da boca, o sorriso torto, e os inúmeros sinais espalhados pelo corpo. É esse amor roxo que me deixa toda roxa de mordida. Que me tira o ar e que me recobra o fôlego quando eu pareço querer desistir. É desse amor que eu vim falar, dessa saudade maluca que eu sinto logo depois que ele sai pela porta, da vontade louca de beijá-lo no mesmo instante que separa os seus lábios dos meus, e do sorriso que ele desperta em mim sem precisar nem fazer cócegas. O que eu vim falar não é nada surpreendente mas me surpreende em cada atitude, em cada carinho. Venho falar que toda vez que olho para o mar eu sinto vontade de chorar e é um choro com tom de gargalhada, com olhos miudinhos de sorriso, porque eu sei o quanto tenho sorte. 

Bianca Bigogno

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

O meu cara

A moça me dizia que eu sou expressiva nas fotos, que eu consigo demonstrar meus sentimentos, mas esqueceu de olhar que estava ao meu lado em todas elas. Era ele. Parecia que aquele menino de sorriso torto tinha um controle que ligava toda minha sensibilidade só de estar perto. Eu o amava. E pra quê eu estou escrevendo isso no passado? Eu o amo ontem e hoje e amo muito. Amo em todas as suas formas e até na forma que ele tem de brigar comigo. Amo o sorriso, a barriga e a maneira que me pega pela mão ou pela cintura. Amo até o fato de amá-lo e principalmente o quanto me sinto amada. Amo o cheiro, a boca, o homem maravilhoso, o ser humano lindo. Amo cada coisa e até as coisas que eu não amo tanto assim. Porque quem ama, ama até os defeitos! E eu amo. Amo a ideia de passar o resto da minha vida ao seu lado. Amo o amor que ele me mostrou, o amor que ele me convidou a sentir e a felicidade sem igual só de olhar aquele cara de jeito despojado e de sorriso no rosto, porque é ali que fica a minha paz, é naquele ombro que eu durmo tranquila. É aquele cara que está ao meu lado pra tudo e o que eu faço questão de estar sempre perto. É aquele cara que eu gostaria de proteger de tudo de ruim no mundo. É aquele que despertou todo meu amor. É o cara que eu amo, o meu cara.
Bianca Bigogno

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Você faz planos durante toda a vida, planos que nunca mudaram, outros que hoje em dia nem lembra mais. Você quer tanta coisa e acha que esses planos são gigantes e vão mudar a sua vida, mas nunca incluiu ninguém neles. Não percebe você que ninguém vive sozinho e que seu seus planos e sonhos precisariam de um outro alguém, não necessariamente para acontecer, mas para ter um sentido pleno, simplesmente pra você se sentir completo. E aí então você conhece alguém, e esse alguém passa a ser o alguém na sua vida. A partir daí você começa a refazer os planos e se assusta. Se assusta com a intensidade dos sentimentos, com as mudanças das suas prioridades, se assusta com essa de sonhar junto. Mas aprenda uma coisa, na vida as mudanças não devem acontecer pelo outro, e sim pelos dois. Nunca faça algo só por ele/a, nunca esqueça de você para não correr o risco de se arrepender depois e faça de coração, assim diminui ainda mais a probabilidade do arrependimento. Aprenda que para você ter alguma coisa na sua vida, você precisa abdicar de outras. Mas nunca esqueça, abdique por você, abdique por amor e então será plenamente feliz.

Bianca Bigogno

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Você jamais vai entender o medo que eu sinto quando você vai embora, eu tenho medo de que em uma dessas idas você não volte mais e é por isso que eu nunca fecho o portão imediatamente, sempre te olho atravessar a rua e te acompanho com os meus pensamentos em qualquer lugar que vá. É que eu tenho medo. Eu tenho tanto medo que às vezes eu esqueço o que você me diz, às vezes eu esqueço os nossos planos, nossos sonhos e a insegurança cai na minha cabeça como a chuva que cai lá fora, mas ao contrário da chuva a insegurança não limpa nada, não leva as sujeiras. Eu não gosto de dias chuvosos, você sabe. Eu não gosto dessa escuridão que sem querer toma conta dos meus pensamentos. Desculpa por deixar transbordar tanto tudo o que eu sinto. Eu só não gosto de empoçar as águas ruins no meu coração e é por isso que eu choro, porque eu preciso renovar essa água, preciso renovar essas energias que às vezes parecem não querer sair da cama pra enfrentar o mundo.

Bianca Bigogno