sexta-feira, 27 de agosto de 2010

No balanço do berimbau

Assim que chegamos fomos levados a uma sala onde ouvimos um breve esclarecimento sobre o que ali iria acontecer. Separados em grupos fomos cada um para salas distintas, eu particularmente estava curiosa para o que nos esperava. Quando entramos fomos surpreendidos por tamanha demonstração artística. Enquanto eu ficava boquiaberta e maravilhada com tamanha energia transmitida através dos sons ecoados por aquela mulher que parecia sentir tanto quanto eu o êxtase daquele momento, dois homens no meio da roda desafiavam bravamente a gravidade e ela definitivamente não os impedia de voar. A mulher vestia roupas brancas, na verdade estavam todos de branco. O espaço era pequeno, mas suficiente para a expressão artística e todo o sentimento de cada coração que cantava juntamente com a mulher, o som transmitido por ela era forte, os outros apenas completavam deixando o efeito sonoro ainda mais vibrante. Os homens movimentavam-se de acordo com o som do berimbau e ao som das palmas cada movimento parecia milimetricamente combinado, era a sintonia latente entre eles. A cada coração que se infiltrava na roda me envolvia mais, estava encantada por aquela cultura, a mistura dos sons, os instrumentos, a mulher cantando, os outros acompanhando, o respeito, os movimentos, e acima de tudo o coração que eles depositavam em cima daquela arte. As palmas dele cessaram, mas as nossas continuaram... Vibrantes, incessantes, emocionadas.

Bianca B.

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