Assim que chegamos fomos levados a uma sala onde ouvimos um breve esclarecimento sobre o que ali iria acontecer. Separados em grupos fomos cada um para salas distintas, eu particularmente estava curiosa para o que nos esperava. Quando entramos fomos surpreendidos por tamanha demonstração artística. Enquanto eu ficava boquiaberta e maravilhada com tamanha energia transmitida através dos sons ecoados por aquela mulher que parecia sentir tanto quanto eu o êxtase daquele momento, dois homens no meio da roda desafiavam bravamente a gravidade e ela definitivamente não os impedia de voar. A mulher vestia roupas brancas, na verdade estavam todos de branco. O espaço era pequeno, mas suficiente para a expressão artística e todo o sentimento de cada coração que cantava juntamente com a mulher, o som transmitido por ela era forte, os outros apenas completavam deixando o efeito sonoro ainda mais vibrante. Os homens movimentavam-se de acordo com o som do berimbau e ao som das palmas cada movimento parecia milimetricamente combinado, era a sintonia latente entre eles. A cada coração que se infiltrava na roda me envolvia mais, estava encantada por aquela cultura, a mistura dos sons, os instrumentos, a mulher cantando, os outros acompanhando, o respeito, os movimentos, e acima de tudo o coração que eles depositavam em cima daquela arte. As palmas dele cessaram, mas as nossas continuaram... Vibrantes, incessantes, emocionadas.
Bianca B.
Me senti na sala com você ao som do berimbau.Lindo texto.
ResponderExcluirbjo